segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Não sou poeta.
Não tenho vocação para ser poeta, porque meus sonhos não são nada poéticos, e por mais que a vida seja generosa comigo ela não faz o mesmo com todos.
Ser um homem que gosta da solidão não me assusta; nada me assusta, porque viver seria assustador? Aqui tem café para me recompor, tem flores para cheirar e belos campos para contemplar. Sei que tudo isso irá morrer, outras belas coisas tomarão o seu lugar. E mesmo assim, digo que nada é belo. Nada. De que adianta eu ter uma vida perfeita se ainda existe alguém que chora?
Mas mesmo tendo vida bela, e dizendo o contrário, me contento em contemplar os astros, que tanto me iluminam e mesmo não me tornando um poeta faz sentir-me um. Não quero te dizer como deves te comportar, não quero te dizer palavras bonitas para que me reconheças como poeta; não tenho beleza alguma, porque ei de mentir para ti? E é assim que a vida se faz: de camuflagens, não adianta de nada eu te abrir um sorrido se meu inconsciente chora, se minha alma é feita de impurezas, se não tenho calor... E jamais irei pedir para sorrires se não despertas essa vontade, chorar faz tão bem quanto render-se. Evolui.
Assinar:
Postagens (Atom)